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UPA e Hospital Regional de Penedo: Exceções no meio do caos

Prefeito de Penedo, Israel Saldanha (DEM)

Previamente, sem alimentarmos grandes expectativas, fomos tomados por um sentimento de iração ao adentarmos na UPA e Hospital Regional. Sobraram razões para a nossa agradável surpresa, quer a nível nacional, quer restrita às deficiências locais de assistência à saúde. Quem não fica sensibilizado ao se deparar numa ilha de eficiências, cercada por um continente, como nos mostram os meios de comunicação, sobrecarregado com as mais generalizadas carências hospitalares? Os hospitais, réplicas de campos de concentração, não cessam de exibir cenas dantescas. Os corredores estão sempre abarrotados de pacientes abrasados por inável calor, deitados em camas e macas. Para completa o quadro de horrores, parturientes, com frequência, sem o esperado atendimento, dão a luz, animalescamente, no chão.

No que tange a nossa realidade penedense, embora não tenhamos chegado a tanto, queremos acreditar, não tínhamos como apontar ressalvas ou fazer elogios. O Hospital Regional de anos atrás, por exemplo, quem transitasse por seus corredores, especialmente nas imediações das enfermarias, sentia-se nauseado com o cheiro de remédios e outras coisas mais, não sabemos se de lençóis sujos, era um convite a uma rápida saída. Não bastasse esse quadro de penúria, fétido e nauseabundo propício às temidas e letais infecções hospitalares, vivíamos uma verdadeira vergonha, mormente no atendimento de urgência e emergência. Os pacientes, na maioria das vezes, eram mandados para Arapiraca ou Maceió. A impressão que tínhamos era que o atendimento médico estava ao simples curativo. Encontrava-nos numa situação inversa ao Penedo de antigamente quando para aqui todo o baixo São Francisco acorria em busca de cuidados médicos.

Felizmente, estamos a ver o ressurgimento de uma alvissareira atenção para a assistência médica. Nesse sentido, o nosso primeiro impacto para interromper o recente ado que chegava a nos humilhar, foi quando tivemos a oportunidade de conhecer a UPA. Custou-nos acreditar no que víamos. Desde o início ao final da consulta, tudo respira ordem. Para tanto, segundo um quadro esclarecedor na sala de espera, a primazia no atendimento dá-se segundo a gravidade do caso de cada paciente, previamente avaliado. Mas somente isso não bastou para nos causar uma boa impressão se não tivéssemos constatado, além da competência profissional, o bom atendimento por todos os funcionários que preenchem seus quadros, do médico ao mais modesto servidor.

Por sua vez, o outrora caricatura de hospital, o enfermo a exalar mau cheiro, o Regional, resolveu remoçar. Desde a guarita, já desperta alguma imponência. Espaço interior bem cuidado, jardim e estacionamento isentos de lixo, é um aceno de sua recuperação. É muito agradável ver que algo que estava em situação de calamidade soube driblá-la e encontrar os meios para vencê-la com persistência. A sua mais recente intervenção para remover uma de suas partes mais feias e desconfortáveis deu-se na ala de ortopedia. Tivemos a curiosidade de conhecer suas novas dependências, o que fizemos com a ajuda de um gentil funcionário, explicando-nos a finalidade de cada uma. Agradou-nos o que vimos. O que mais nos deixou entusiasmados, no entanto, foi a informação de que algumas cirurgias ortopédicas estavam sendo realizadas. De imediato tivemos a convicção de que Penedo finalmente, deligou a marcha-ré e engrenou para frente em busca dos melhores objetivos para a saúde. Aliais, temos que itir, o complexo Santa Casa de Misericórdia de Penedo, ultimamente, graças a sua competente istração, estar a navegar com vento favorável. A proposito, outros empreendimentos, fomos informados, encontram-se em curso, como a implantação de um curso de pós-graduação do SUS na área de urgência e emergência.

Esperamos que assim continuemos a caminhar, vez que nunca devemos por termo ao nosso itinerário. UPA e Hospital Regional, nesse sentido, obtido alguns louros, deverão continuar a conquistar outros na direção do melhor atendimento de seus pacientes.