
O delegado regional de Penedo, Rômulo Andrade, concedeu entrevista ao programa Vida Real, apresentado pelo radialista Luiz Carlos de Oliveira, o Luizão, na Penedo FM (97,3 MHz e youtube.com/@penedofmplay), para falar sobre diversos assuntos, entre os quais o caso de feminicídio registrado nesta terça-feira, 11, que vitimou a professora Fernanda dos Santos Silva, de 37 anos, assassinada com golpes de arma branca no povoado Manibu.
Durante a entrevista, o delegado relatou que, desde o registro do feminicídio, determinou o empenho de toda a sua equipe para tentar localizar o principal suspeito, identificado como Jailson Barbosa Santos, conhecido como Jailson do Manibu. O suspeito, que foi candidato a vereador nas últimas eleições pelo Partido Progressista, estava em processo de separação da vítima, mas supostamente não aceitava o fim do relacionamento.
“Fizemos buscas por toda a região, trabalho esse que ainda se estende, de forma ininterrupta, mas ainda não conseguimos localizar o paradeiro dele. Aproveito para pedir o apoio da população: se alguém tiver alguma pista, entre em contato conosco através do 181. A ligação é gratuita e o denunciante não precisa se identificar”, explicou Rômulo Andrade.
O delegado também enfatizou a importância de as mulheres procurarem a delegacia logo no primeiro sinal de ameaça. Ele revelou que isso faz toda a diferença na proteção das vítimas e declarou, com exclusividade para a emissora líder em audiência no Baixo São Francisco, que Jailson Barbosa já havia sido alvo de uma medida protetiva originada de um relacionamento anterior, em que ele teria ameaçado cortar a cabeça de sua ex-companheira caso ela continuasse cobrando o pagamento da pensão alimentícia de um filho do ex-casal.
“Infelizmente, Fernanda nunca procurou a delegacia. Nós teríamos dado todo o apoio para proteger a vida dela, assim como fizemos com a ex-esposa do Jailson. Por isso, é importante frisar e insistir que as vítimas não podem se calar; é preciso buscar apoio para evitar que casos como este terminem de forma tão cruel e revoltante”, ressaltou o delegado.
Veja a entrevista na íntegra: