Servidores votaram pela paralisação dos serviços
Em assembleia realizada na tarde desta quinta-feira, 22, na sede do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Penedo (SINDSPEM), ficou decido pelos funcionários que integram o quadro de servidores efetivos da prefeitura que a partir deste dia 23 de setembro, todas as categorias estarão paralisando a prestação de serviços à população penedense por tempo indeterminado. Após uma ampla discussão em torno da contraproposta oferecida pelo prefeito Israel Saldanha (DEM) a maioria dos servidores decidiu por manter o pedido de reajuste em 12% e não ceder ao que propôs o chefe do executivo municipal.
A proposta de paralisação geral e manutenção do pedido de 12% para todas as categorias foi explicitado pela médica Ana Fernanda que deixou claro sua decepção em ter esperado oito dias pelo prefeito, e este ter frustrado a expectativa dos servidores públicos. “Não podemos agora ceder e aceitar qualquer coisa do . Infelizmente o executivo tem que ser incomodado para sentir e rever nossa proposta que foi pensada e feita dentro do que está ao alcance do município”, declarou a servidora.
O agente istrativo Luiz Egno deixou fluir em suas palavras a decepção que atualmente os funcionários públicos de Penedo vivem com as decisões do prefeito Israel Saldanha. Para o servidor público o momento é de união dos servidores em torno da paralisação que deve forçar o chefe do executivo a ceder aos funcionários que há dois anos estão com seus vencimentos congelados, sendo contabilizadas apenas perdas salariais.
Contraproposta
Depois de se reunir com a comissão sindical o prefeito Israel propôs aos servidores um reajuste de 5% para o nível médio, ficando os funcionários que ocupam cargos de nível superior sem receber nenhum reajuste salarial. Aos servidores da educação foi proposto um aumento de 8% em seus vencimentos. Nenhuma das categorias aceitaram as contrapropostas oferecidas pelo gestor, decidindo em totalidade pela greve que a partir desta sexta-feira, 23, paralisará os serviços públicos da histórica cidade.
Bandeiras Políticas
O líder sindical Mário Alexandre lembrou que o pensamento dos funcionários deve ser em torno dos seus salários e que as bandeiras políticas devem permanecer fora das discussões, pois quando o sentimento partidário influencia nas decisões o movimento pode ser desestabilizado por vontades de poucos e não atender o interesse da maioria. O presidente do SINDSPEM, Francisco Souza Guerra (Dr Tico), também lembrou que durante as discussões o prefeito chegou a afirmar que a greve era certa, dizendo que os ‘cabeças’ do movimento eram ligados a partidos de oposição.
“O prefeito chegou a afirmar que as pessoas que estavam a frente do movimento pró-greve era 12, referindo-se as pessoas como partidárias do ex-prefeito Március Beltrão. Ele afirmou que os cabeças levantavam a bandeira da oposição e, eu tive que dizer que ele estava errado, mas, se entendia dessa forma que fizesse por onde os servidores levantassem a sua bandeira”, disse Dr. Tico.
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