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Sergipe

Prefeitura de Aracaju realiza formação para empregabilidade no 17 de Março

Cerca de 32 pessoas participam das aulas

A Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Assistência Social, em parceria com o Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE), deu continuidade, nesta terça-feira, 6, às “Oficinas de Capacitação para Empregabilidade”, com adolescentes assistidos pelo Centro de Referência da Assistência Social (Cras) Maria Diná Menezes, situado no bairro 17 de Março. Cerca de 32 pessoas, entre 14 e 24 anos de idade, participam das aulas.

De acordo com a gerente do SCFV da Assistência Social Município, Karine Oliveira, foi identificada a necessidade de prepará-los para as entrevistas de emprego.

“Reconhecemos a importância da empregabilidade dos adolescentes em situação de vulnerabilidade social, principalmente no pós-pandemia. Nós, junto ao representante do CIEE, percebemos o despreparo desses meninos nos momentos de seleção, então alinhamos com as equipes técnicas para que fizéssemos oficinas preparatórias para terem maiores chances de conquistarem uma vaga no mercado de trabalho”, conta Karine.

A assistente social do Cras Maria Diná, Janaína Félix, afirma que o público-alvo já é acompanhado pela equipe técnica do Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (Paif) e do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV), ambos ofertado no Cras do 17 de Março. Para ela, a oficina é uma oportunidade e traz uma nova perspectiva de mudança de realidade.

“Já possuíamos um banco de dados, fruto de uma busca ativa, a partir dos acompanhamentos familiares e de demandas espontâneas que surgem no Cras. A partir disso, identificamos e filtramos os adolescentes com idade compatível para participarem. Essa é a primeira turma desta iniciativa. Tem sido incrível a nossa parceria junto ao CIEE porque já fazemos essa articulação desde 2018 e tem gerado muitos resultados positivos. Conseguimos inúmeros empregos para jovens e adolescentes que hoje trabalham em bancos, órgãos públicos, Entre outros. São oportunidades que vão além do salário porque mudam a perspectiva do olhar do adolescente para um projeto de vida que possa, de fato, mudar a sua realidade e romper com o ciclo de pobreza”, destaca Janaína.

As aulas foram distribuídas em cinco módulos, nas quais foram abordados temas como identidade, trabalho, condutas éticas, planejamento e elaboração de currículo, com carga horária de 10 horas.

O assistente social do CIEE, Nailton Santos, pontua que a atividade faz parte das “Oficinas de Cri@tividades” da instituição, com o objetivo de preparar o jovem para o mercado de trabalho.

“Fazemos questão de sair do espaço do CIEE e adentrar as comunidades para orientá-los. No caso dessa oficina, estamos trabalhando cinco temas, como o próprio jovem se reconhecer como pessoa dentro da comunidade, possibilidades de atuação, postura profissional e traçam planos, projetos de vida, conquistem seus objetivos e não parem de estudar. Percebi que essa turma está mais preparada para esse mercado e nos foi solicitado, pelos próprios alunos, mais um encontro, para a elaboração de currículo que é a porta de entrada desses jovens”, explica Nailton.

O estudante Luíz Guilherme Santos, de 16 anos, morador do bairro 17 de Março, recebeu a ligação da assistente social para que particie da oficina. Ele integra o SCFV no Cras, onde realiza diversas atividades socioeducativas. Hoje, ele se sente mais preparado para uma entrevista de emprego.

“Estou recebendo orientações do que fazer em uma entrevista, o que falar, como se comportar, reconhecer nossos pontos positivos e negativos, e tudo o que pode acontecer. Estou gostando porque já aprendi muitas coisas. Se eu fosse para uma entrevista antes de ir para essa oficina era capaz de ser reprovado, agora, me sinto mais seguro. Pretendo fazer cursos e ir atrás para encontrar um trabalho”, conta Luíz Guilherme.

A dona de casa Sara Núbia Santos, de 17 anos, recebeu a visita da assistente social que lhe ofertou a oficina.

“Achei interessante porque sabia que iria aprender muitas coisas e estou aprendendo. Quando eu for a uma entrevista, já sei o que vou falar, fazer e será muito bom para a minha avaliação. Vou atrás de cursos para estar mais preparada e elaborar um bom currículo para dar uma vida melhor ao meu filho”, relata Sara.