Numa ação conjunta do Conselho Tutelar dos Direitos da Criança e do Adolescente de Penedo e 11° Batalhão de Polícia Militar, foram presos na tarde desta terça-feira (06) no povoado Campo Redondo, em Penedo, os irmãos Ivanildo dos Santos, 18 anos e Gilvan Santos, de 27 anos, acusados de violência e tortura psicológica, atentado violento ao pudor e violência física e sexual contra crianças do mesmo povoado.
De acordo com o depoimento da senhora Maria Damiana Gonçalves, mãe de uma das crianças os acusados molestavam seu filho menor, obrigando-o a praticar sexo oral e anal, muitas vezes ameaçando a criança de morte caso ela revelasse o ato criminoso a alguém.
O depoimento da criança é chocante e revela que o pedófilo mais novo, de 18 anos, conhecido por “Dandão”, como ele mesmo confirmou na Delegacia Regional de Polícia Civil de Penedo, praticava atos de violência física com pancadas em sua cabeça e também de cunho sexual, obrigando a criança a engolir esperma e fezes após o ato obsceno.
No depoimento prestado ao Conselheiro Tutelar, Humberto Oliveira, a criança também afirma que certa vez o elemento Ivanildo, vulgo “Dandão”, lhe mostrou uma espingarda, provocando o medo e reforçando as ameaças de morte caso o crime fosse revelado. A mãe da criança também afirmou que duas mulheres do povoado teriam presenciado em certa ocasião os crimes, mas, somente riram das crianças e saíram do local.
Ainda no depoimento da criança é informado que algumas vezes o pedófilo “Dandão” levava balas, pirulitos e pipocas para as crianças, num ato de conseguir agradar suas vítimas para que pudessem permanecer em silêncio.
Em conversa com “Dandão” na delegacia, perguntamos se ele estava arrependido pela prática criminosa obtendo como resposta a afirmação de que ele era inocente e não sabia do que estava sendo acusado. “Não sei de nada, eu estava dormindo em casa quando a polícia chegou e trouxe eu e meu irmão para cá”, disse o pedófilo.
Os elementos permaneceram na Delegacia Regional de Polícia Civil de Penedo junto aos cinqüenta e cinco detentos que dividem as celas da Unidade Prisional, até que a justiça decida sobre eles.