Um triste resultado de um estudo desenvolvido pelo organização não-governamental Visão Mundial, divulgado nesta segunda-feira, 05 de setembro, mostrou que todos os dias morrem cerca de nove crianças filhas de mães adolescentes antes de completar o primeiro ano de vida. Segundo levantamento feito pela ONG, Alagoas é o Estado que mais tem registro de mortalidade infantil, superando, inclusive, a taxa nacional.
O estudo teve como principal objetivo fazer um levantamento sobre as Políticas Públicas de proteção à saúde infantil e materna no Brasil e foi direcionado aos filhos de mães adolescentes, que representam aproximadamente 20% do total de mortes infantis registradas em todo o país. Isso representa 8.544 mortes por causas que poderiam ser facilmente evitadas.
Além de fazer esse levantamento o estudo teve também o objetivo de divulgar maneiras de combater a mortalidade infantil e materna no Brasil. Ações foram realizadas em todo o país como um alerta sobre os principais cuidados que as mães adolescentes tem que ter com suas crianças nos primeiros, e principais, meses de vida.
Com a conclusão dos trabalhos e o interesse em reverter esse triste quadro, a ONG Visão Mundial em parceria com a Sociedade Brasileira de Pediatria, Fórum Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto Marista de Solidariedade, Instituto de Zero a Seis e Superintendência de Políticas para a Criança e o Adolescente da Secretaria de Estado da Mulher, Cidadania e dos Direitos Humanos de Alagoas, resolveu traçar um plano de ações prioritárias para a redução da mortalidade infantil dos filhos de mães adolescentes até 2015.
O maior número de mortes de filhos de mães adolescentes antes de completar um ano de idade é registrado na Nordeste. De acordo com o estudo, uma criança nordestina tem 2,2 vezes mais chances de morrer de uma criança que nasce no Sul do país e isso se deve a desigualdade regional, étnica e de oportunidades.
Atualmente, Alagoas é o estado onde mais morrem crianças filhas de mães adolescentes. No Estado, morre 47 crianças entre mil nascidos vivos, enquanto a média nacional de mortalidade infantil foi de 19 por mil.