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Maceió

Moradores da favela de jaraguá realizam protesto no Centro de Maceió

Protesto aconteceu no Centro

Vários pescadores e seus familiares, que moram na favela de Jaraguá, participaram nesta quinta-feira, no Centro da Cidade, de uma eata contra a transferência das 450 famílias para o Conjunto Vila dos Pescadores, que será construído no bairro do Pontal, pela Prefeitura de Maceió. A Associação dos Moradores e Amigos do bairro de Jaraguá é contra a transferência e luta a favor da urbanização.

Os pescadores que são contra a transferência, afirmam que apesar do conjunto ser perto da atual vila, eles terão que fazer um percurso bastante arriscado a pé, durante a madrugada. Eles dizem ainda, que os protestos vão continuar e que este é apenas o primeiro de outros que virão pela frente.

No próximo dia 21 haverá uma audiência pública na comunidade para discutir a situação dos pescadores.

O secretário de Habitação do município, Nilton Nascimento, disse que todo o processo de elaboração do projeto foi discutido com os moradores da favela. “Foram dois anos de muita conversa. Quem reclama hoje é porque não participou ou não quis participar dessas discussões com a Prefeitura”, lembra.

O assunto foi discutido, esta semana, entre a Prefeitura e Defensoria Pública, na ocasião, a Secretaria Municipal de Habitação, apresentou um trabalho técnico social do projeto de urbanização do Conjunto Vila dos Pescadores.

Durante o encontro, os representantes da Defensoria tomaram conhecimento das propostas para discuti-las com os moradores da favela, que resistem à transferência pretendida pela Prefeitura.

O projeto tem entre suas propostas o fortalecimento do processo organizativo e participativo da comunidade, observando as necessidades básicas, o resgate da condição de auto-sustentabilidade das famílias e da área, o favorecimento do o a educação, saúde e aos direitos civis, criação de o à qualificação profissional e ao mercado de trabalho, e facilitação do universo esportivo e cultural.

Também são contemplados trabalhos nos eixos de preservação ambiental e educação sanitária, melhoria de segurança, fortalecimento dos vínculos familiares e interpessoais entre moradores dos módulos residenciais, e potencialização de canais de participação da população com os poderes instituídos.

Com recursos da União na ordem de R$ 14 milhões a construção do conjunto vai por fim à favela de Jaraguá e transferir 450 famílias para a Avenida Assis Chateaubriand.