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Sergipe

Filho e pai são indiciados por atropelamento e morte de criança de 4 anos em Neópolis-SE

Homem que estava na direção da moto responderá por homicídio culposo na direção de veículo automotor - Foto: ilustração

A Delegacia Regional de Neópolis concluiu nesta terça-feira, 20 de maio, o inquérito policial que investigava a morte do pequeno Heitor Euzébio Pinheiro Dantas, de apenas quatro anos, vítima de um atropelamento ocorrido no último dia 3 de maio na cidade de Neópolis, em Sergipe. Após uma apuração considerada robusta pelas autoridades, duas pessoas foram formalmente indiciadas por crimes previstos no Código de Trânsito Brasileiro.

Segundo o que foi apurado, no início da tarde daquele dia, uma guarnição da Polícia Militar realizava rondas de rotina quando se deparou com a criança caída em via pública. Ela havia sido atropelada por uma motocicleta de 750 cilindradas, cujo condutor, segundo informações, permaneceu no local até a chegada da polícia.

Heitor foi imediatamente socorrido e levado ao hospital municipal, sendo em seguida transferido para o Hospital de Propriá, onde, infelizmente, não resistiu aos ferimentos e veio a óbito. A partir do registro da ocorrência, a Polícia Civil abriu inquérito para apurar os fatos.

Com base em depoimentos de testemunhas, do próprio condutor e na análise de imagens e do local do acidente, o delegado Khertton Rafael de Queiroz Gomes concluiu pelo indiciamento do motociclista por homicídio culposo na direção de veículo automotor, agravado pelo fato de ele não possuir Carteira Nacional de Habilitação (CNH) ou permissão para dirigir.

Além disso, o pai do condutor, proprietário da motocicleta, também foi indiciado por entregar a direção de veículo a pessoa não habilitada — uma infração igualmente prevista no Código de Trânsito Brasileiro.

De acordo com o delegado Khertton Rafael, a conduta do motociclista demonstrou imprudência, configurando inobservância do dever objetivo de cuidado. “Ele circulava em uma via estreita, com velocidade incompatível. Muitas testemunhas relataram que ele trafegava entre 50 km/h e 60 km/h, o que é considerado excessivo para aquele trecho”, explicou o delegado.

O caso agora segue para o Ministério Público, que poderá oferecer denúncia com base nos indiciamentos. A trágica morte do menino causou grande comoção em Neópolis, e a conclusão do inquérito representa um o importante no processo de responsabilização dos envolvidos.