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Política

Câmara aprova urgência ao projeto que amplia número de deputados

O texto muda o número de 513 deputados de máximo para quantidade mínima de representantes na Câmara (Foto: Agência Câmara)

A Câmara dos Deputados aprovou o regime de urgência para o Projeto de Lei Complementar 177/23, da deputada Dani Cunha (União-RJ), que permite ampliar o total de deputados federais. O texto muda o número de 513 deputados de máximo para quantidade mínima de representantes na Câmara.

Pela proposta, a cada quatro anos deverá ser feita uma atualização estatística na quantidade de representantes, baseada em recenseamento no segundo ano de cada legislatura.

O texto altera a Lei Complementar 78/93, que disciplina a fixação do número de deputados federais. Os deputados analisarão o mérito do projeto ainda hoje.

Os projetos com urgência podem ser votados diretamente no Plenário, sem ar antes pelas comissões da Câmara.

Texto do relator
O relator do projeto, deputado Damião Feliciano (União-PB), sugeriu uma alteração no texto para acrescentar 18 deputados, chegando a 531 no total. “Estamos a falar de um acréscimo modesto de 3,5%, enquanto a população nos últimos 40 anos cresceu mais de 40%”, afirmou.

Para Feliciano, a perda de cadeiras para alguns estados, se for mantido o quantitativo de 513 deputados, não é apenas simbólica. “Perder cadeiras significa perder peso político na correlação federativa e, portanto, perder recursos”, disse.

Feliciano afirmou que a redução do número de deputados ampliaria a desigualdade regional já que, dos sete estados que perderiam cadeiras, cinco são do Nordeste. O Piauí perderia 20% de sua representação e a Paraíba, aproximadamente 17%.

Na opinião do relator, a representação da Câmara não deve ser atualizada a partir de um “frio cálculo matemático” feito por órgão técnico. “Ao atribuir tal competência ao Congresso, o constituinte entendeu que havia elementos políticos a considerar nessa decisão”, declarou.

Segundo informações da Direção-Geral da Câmara, citadas por Damião Feliciano, a criação de cada vaga para deputado federal poderá gerar impacto anual de aproximadamente R$ 3,6 milhões. Sendo assim, a criação de 18 vagas teria impacto anual de R$ 64,6 milhões.

Veja como deve ficar o número de cadeiras por estado:

  • ACRE – mantém 8
  • ALAGOAS – mantém 9
  • AMAPÁ 8
  • AMAZONAS – aumenta de 8 para 10
  • BAHIA – mantém 39
  • CEARÁ – aumenta de 22 para 23
  • DISTRITO FEDERAL – mantém 8
  • ESPÍRITO SANTO – mantém 10
  • GOIÁS – aumento de 17 para 18
  • MARANHÃO – mantém 18
  • MINAS GERAIS – aumento de 53 para 54
  • MATO GROSSO DO SUL – mantém 8
  • MATO GROSSO – aumento de 8 para 10
  • PARÁ – aumento de 17 para 21
  • PARAÍBA – mantém 12
  • PERNAMBUCO – mantém 25
  • PIAUÍ – mantém 10
  • PARANÁ – aumento de 30 para 31
  • RIO DE JANEIRO – mantém 46
  • RIO GRANDE DO NORTE – aumento de 8 para 10
  • RONDÔNIA – mantém 8
  • RORAIMA – mantém 8
  • RIO GRANDE DO SUL – mantém 31
  • SANTA CATARINA – aumenta de 16 para 20
  • SERGIPE – mantém 8
  • SÃO PAULO – mantém 70
  • TOCANTINS – mantém 8

 

 

 

 

Fonte: Agência Câmara