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Esporte

Barco e tripulação com penedenses são homenageados em Noronha

Tripulação do "Seu Dadá" no momento que era homenageada

O catamarã “Seu Dadá” e a sua tripulação, composta por Mário Jorge, seu irmão Tuca, além dos companheiros Cristian e Rochinha, receberam uma importante e significativa homenagem por parte dos organizadores da Refeno 2011, tradidicional regata que acontece todos os anos e que faz os velejadores percorrerem a distância que separa a cidade de Recife do arquipélago de Fernando de Noronha.

O barco ribeirinho alcançou uma brilhante 4ª colocação na sua categoria e a 42ª no geral, chegando à frente de embarcações de maior porte, provocando em seus tripulantes um misto de satisfação e sensação de dever cumprido.

Em contato com Mário Jorge e Cristian, já em solo noronhense, a reportagem do aquiacontece-br.noticiascatarinenses.com pode perceber o quanto ambos estavam radiantes, já traçando planos para a segunda etapa, que seria a travessia de Noronha até Natal, a bela capital potiguar. Essa etapa aconteceu no ultimo final de semana e posteriormente anunciaremos a performance dos briosos velejadores da nossa região.

Durante a cerimônia de premiação, o quarteto ribeirinho fez questão de ir ao pódio e fazer tremular a bandeira do Penedo, motivo esse que os deixaram bastante emocionados. O destaque do rendimento do “Seu Dadá” na travessia Recife-Fernando de Noronha foi tamanho que o mesmo foi merecedor de uma matéria na página do portal noronha.com. Esse portal enfoca as notícias pertinentes ao belo arquipélago e é gerenciado pela governadoria local. Abaixo, reprisamos na íntegra, o texto que lá está escrito:

Mário Jorge Athayde nasceu em Penedo, no interior de Alagoas, à beira do Rio São Francisco. Quando era criança, sentiu despertar o interesse por barcos, ao mesmo tempo em que ouvia o pai, conhecido como Seu Dadá, falar sobre uma ilha distante, mas de incrível beleza: Fernando de Noronha. A paixão por navegação cresceu junto com ele, que em 1992 realizou o sonho de conhecer o paradisíaco lugar, ao participar da Regata Internacional Recife-Fernando de Noronha pela primeira vez no barco de um amigo.

Depois de realizar o sonho pessoal, Mário Jorge decidiu dar um presente ao pai, que também queria muito conhecer Noronha. Em 1993, tudo estava pronto para seu Dadá participar da Refeno ao lado do filho. Quinze dias antes da largada, porém, um triste fato acabou com os planos. Seu Dadá faleceu. Isso, no entanto, não fez Mário Jorge desistir de realizar o sonho do pai. Ele prometeu que o levaria à Ilha um dia.

Em 2000, esse novo “sonho” começou a ser traçado. Mário Jorge comprou um barco e deu a ele o nome de Seu Dadá. O primeiro o estava dado. O próximo ela levá-lo até Noronha. Essa segunda parte demorou mais de dez anos para se realizar. Mas em 2011, ele finalmente cumpriu a promessa. Participou da Refeno pela primeira vez com o pequeno catamarã, de apenas 26 pés. Largou no sábado e chegou na última segunda-feira à Ilha. “Prometi que levaria meu pai. Foi emocionante realizar esse sonho dele. Cresci ouvindo ele falar sobre a Ilha”, contou.

Ao realizar o sonho do pai, o catamarã surpreendeu na regata. Fez um ótimo tempo e chegou na frente de barcos maiores e mais potentes. “Esse barco é um tanque de guerra. O vento estava muito bom e o mar perfeito para navegar, mas confesso que esse bom resultado foi uma surpresa.”, revelou o velejador.

Outro aspecto surpreendente sobre o barco foi a maneira como ele chegou ao Recife. Como é mantido em Penedo, o catamarã velejou pelo Rio São Francisco até desembocar no mar e rumar para a capital pernambucana pelo litoral.