
Nos tempos atuais a maioria das organizações enquadradas como não governamentais ou não e que são pequenas e médias, independentemente no segmento que atuam e que dependam de recursos públicos, am por uma fase árdua. Uma das causas é a redução dos seus integrantes, seja qual for a denominação usada. Esta redução é porque as pessoas hoje estão mais interessadas em seus interesses profissionais e sociais do que dedicar uma parcela de seu tempo disponível em alguma atividade não remunerada, mas que beneficie o segmento da população mais humilde.
Sem saudosismo, há algumas décadas adas estas organizações tinham nos seus quadros pessoas de vários segmentos sociais, mas com denominadores comuns como altruísmo, honestidade e competência profissional e duas variáveis importantíssimas para suas manutenções: a rotatividade nas direções e a issão de jovens nos seus quadros sociais, garantia de perenidade e mudanças de paradigmas.
Este ambiente era convidativo para o interesse das pessoas serem itidas como membro efetivo destas entidades, o que enriquecia seus quadros com profissionais competentes, independentemente dos seus estratos sociais.
Na época presente as pessoas com boa formação profissional nas diversas áreas são superiores do que no ado, temos jovens com amplo conhecimento e competentes em todos os segmentos. Mas esta realidade não encontra eco nas participações das organizações tanto de objetivo beneficentes ou sociais, o que faz que o número de associados venha cada vez ficando menores com o afastamento natural das pessoas idosas, que já deram grandes contribuições para a sociedade em geral.
O desinteresse no ingresso nestas entidades está cada vez mais visíveis, fazendo que estas organizações, principalmente as instaladas em cidades pouco desenvolvidas, não consigam repor um número de associados necessário para que possam ter alternâncias nos cargos dos conselhos obrigatórios. Os motivos alegados por sócios que não querem participar da diretoria ou conselhos é a falta de tempo, como também é a justificativa para não ingressar como associados. Tempo sempre foi e é uma questão de preferência e faço a mesma pergunta que Cristovam Buarque fez aos governos de esquerda quando estiveram no governo, onde as associações erraram?
Como todo espaço tem que ser ocupado para cumprir as exigências estatutárias destas organizações, os conselhos fiscais estão sendo preenchidos cada vez mais por pessoas que não têm os perfis adequados para exercer as funções de conselheiros fiscais, que entre as suas atribuições está a na análise das demonstrações financeiros, que é fotografia da organização na data do encerramento dos balancetes/balanços.
Com a falta de opções de pessoas com competências em acompanhamento de cenários, interpretação de indicadores estratégicos, avaliação de riscos, visão da performa financeiras de curto, médio e longo prazo, são escolhidas pessoas algumas com competência em outras áreas – como advocacia, engenharia, agronomia etc, mas que não sabem por que em um balancete e balanço o ativo é igual ao ivo.
Como um conselho fiscal, que a maioria não tem competência em contabilidade, pode emitir um relatório de análise da demonstração financeira apresentada pela diretoria de uma organização para aprovação pelos componentes da organização? Considerando que é naquele documento que pode ser descoberto desvios, fraudes, favorecimentos e outros descaminhos de uma gestão desonesta.
Já perguntei a alguns conselheiros fiscais se tinham algum conhecimento contábeis e como a resposta foi negativa complementei com outra: por que aceitou esta função e a resposta foi absurda, mas frequente, “como não tinha ninguém interessado, estou apenas para constar, porém avisei que estou só para fazer número”. Fazer o quê? É esperar que a diretoria istrativa seja honesta.
Ou avisar à organização que existe a figura de conselheiro fiscal independente, com contrato por tempo determinado, porém remunerado. Quem tem receita acima de cinco milhões pode ir por este caminho e evitar problemas futuros.
A mesma dificuldade é a formação dos conselhos de istração, onde pessoas sem experiência em gestão estão sendo conduzidas para estes cargos.